A hora portuguesa

Foi em tempos La Hora Española (assim como a selecção homónima vem tendo a sua hora desde há quatro anos) e foi nela que fui introduzido à mojama, essa versão huelvense da nossa mui algarvia muxama. Espaço muito bem adaptado à função - quase parece criado de raiz tal a identificação - fazia sentir aos seus frequentadores uma aparência de realidade: como se, apesar dos fracos conhecimentos dos produtos que apresentava quem servia, se estivesse mesmo na Andaluzia e não na lusitana Lisboa.


Agora está em mãos portuguesas que lhe acrescentaram um ar bem nacional de descontração e algum improviso, a par de uma mundivisão que só poderia ser nossa: no dia em que lá estivemos houve dança do ventre, com um quase pedido de desculpas por não termos apanhado a habitual sessão de fados, variando a banda sonora dos intervalos entre José Cid e música gitana. Todo um mar de sensações.



Quanto à comida, um mix de tapas e petiscos, genericamente bem feitos, com apelo suficiente para acompanhar a noite.

  

  

Serviço amador mas com toda a vontade do mundo em aprender com a opinião dos clientes. O que, considerando os exemplos  que por aí campeiam, não é um mau começo.

É uma experiência engraçada, a tentar de quando em vez, para um bom momento de descontração e uma não menos boa prova gastronómica.

La Hora Española
Calçada Marquês de Abrantes, 58
1200 - 719 Lisboa

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No último ano..